11 dezembro 2008

Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Recebi hoje o meu cartão de sócia da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN). Cá em casa, aos fins-de-semana, juntamente com os dois filhotes do primeiro casamento do meu marido, somos 6! Somos muitos e gostamos disso. Tanto o meu marido como eu também vimos de famílias com 4 filhos e, por isso, já estávamos habituados a casas animadas. :-)

No entanto, quem ache que ter mais um não cu$ta nada e que basta mais uma colher de água na sopa, desengane-se. À medida que os filhos aumentam em número e crescem em tamanho, é necessário ir abdicando de pequenos nadas (refeições fora de casa, produtos (incluindo os de supermercado) de marca, saídas culturais mais dispendiosas, tempo e descanso...) em prol do bem estar de todos.

Numa era em que o país envelhece e em que é urgente que nasçam mais crianças, seria de esperar que as entidades governamentais apoiassem as famílias que mais contribuem para o rejuvenescimento da nossa população. Benifícios fiscais e descontos em todos os tipos de bens e serviços seriam bem-vindos. Já há alguma resposta por parte das autarquias amigas da família, como é o caso da minha, que aceitaram um conjunto de propostas da APFN. No entanto, muitas vezes as famílias grandes são forçadas a pagar impostos por bens considerados de luxo (como por exemplo uma carrinha de 7 lugares) que, na verdade, são apenas uma necessidade premente. Ou então, a pagar mais pela água porque ultrapassaram um certo montante de m3... Pudera! Somos muitos e a malta cá em casa é asseadinha!...

Assim, aproveito para apelar a todos quantos possam que ajudem a angariar empresas que possam associar-se a esta causa. Obrigada!

E vivam as famílias numerosas! :-)

07 dezembro 2008

"A História das Coisas (Story of Stuff)"

É longo, mas vale a pena ver. Diria até que é obrigatório ver e divulgar.


Retirado daqui.

05 dezembro 2008

Calendário do Advento

Inspirei-me aqui e aqui e fiz o nosso Calendário do Advento. Sim, "nosso" porque a ideia é utilizá-lo ano após ano para entreter a pequenada enquanto esperam ansiosamente pelo Natal. Assim, o meu filhote já não me está sempre a perguntar se o Natal é no próximo fim-de-semana e, além disso, vai tomando consciência da numeração dos dias e começando a aprender os meses do ano.

Ficou muito imperfeito (como disse antes, já lá iam 10 anos que não costurava nada). Custou-me imenso cortar o pano a preceito, direitinho como deve ser e, portanto, fiquei a admirar ainda mais a habilidade de quem é mestre no patchwork. Mas ficou perfeito para o que eu pretendia e, quem sabe, não se cria aqui uma tradição familiar que um dia passe para os meus netos. hehehehe....

Todos os dias o Pai Natal (como se não tivesse mais nada que fazer) deixa dentro do bolsinho uma actividade e uma guloseima. A última só pode ser comida depois de bem resolvida a primeira.

Tem sido divertido, mas agora tenho que me aguentar à bronca durante quase um mês e não posso ir deitar-me sem deixar a surpresa preparada para o dia seguinte. Até porque ele pergunta por ela logo ao acordar. Desejem-me boa sorte. ;-)



















02 dezembro 2008

A minha máquina de costura

Sou filha de uma costureira. Cresci no meio de retalhos, linhas, agulhas, tesouras, botões... "sedalinas", linhas de alinhavar, "tyrylenes", colchetes, fechos de correr, alfinetes de dama... Infelizmente não sei costurar. Isto é, tenho umas noções básicas, sei trabalhar com a máquina, mas não sei cortar o tecido para fazer uma blusa ou umas calças. Tentei aprender, mas quando perguntava como se riscava o tecido a minha mãe dizia-me "agora marcas aqui 5 cm para a pinça" e eu perguntava "porquê 5 cm?" e ela só me sabia dizer que era assim porque sim. E a minha mente matemática não aceita isso. Pelo que a partir daí, sem entender a lógica da coisa, ficava difícil para mim compreender o resto.
Mas tenho pena que a minha mãe não tivesse aproveitado parte das enormes férias de Verão que sempre tínhamos para me ensinar a costurar com preceito, nem que fosse à força (até certo limite - ficar a detestar costura também não era benéfico). Perguntei-lhe há dias porque não o tinha feito e ela respondeu-me que sempre tinha deixado isso ao nosso critério. Agora compreendo que há decisões que devemos tomar pelos nossos filhos. Se podem aprender algo, devem aprender. Um dia poderá ser-lhes útil.
Esta é a minha máquina de costura. Mas um dia foi da minha mãe. Conheço-a prefeitamente e sei bem como trabalha e por onde devem passar as linhas. De todos os presentes que já recebi, este é um dos que me são realmente queridos.
Há 10 anos que não lhe pegava e ela estava arrumadinha no seu móvel que fazia de mesa de apoio. Há uns dias apeteceu-me pô-la a trabalhar. Com medo de já não saber mexer-lhe, aproveitei um dia em que a minha mãe estava por cá para o caso de não saber utilizá-la. Mas afinal é como andar de bicicleta: não se esquece.